Trabalhar por projetos…

08/04/2022

As crianças da Sala Verde demonstraram curiosidade em diferentes temas, dos quais surgiram diversas questões. Foi assim que nasceu o projeto: Céu, Mar e Pólo Norte/Terra.

“Como os iglus se equilibram?”; “Porque os senhores dão peixes aos golfinhos quando estes fazem piruetas no ar? (no espetáculo dos golfinhos no jardim zoológico); “Porque existem peixes com o nome peixe diabo negro?”; “Porque voam os aviões?”, “É o nadador-salvador que põe as bandeiras na praia?”; “Onde fica o Pólo Norte?”; “Quais os animais que lá vivem?”; “Porque chove?” …. Estas foram algumas das questões colocadas pelas crianças, depois de visualizarem livros que abordavam os temas de que queriam ter maior conhecimento.

Trabalhar por projetos escolhidos pelas crianças fomenta uma dinâmica centrada na criatividade e numa perspetiva de construção do conhecimento realizada pela própria criança. Considera-se a criança como um ser competente e o educador parte da necessidade de atender às suas necessidades de forma transversal. Deste modo, foca-se no processo de investigação sobre os temas e nas competências sociais como a partilha, a cooperação, bem como a aquisição de conhecimentos e aprendizagens inerentes ao conhecimento do tema escolhido.

A vontade de imitar o adulto, a curiosidade, a necessidade que a criança tem em responder ao próximo e a partilha das experiências com os outros, faz com que a criança tenha maior interesse por um tema, pesquise/investigue sobre ele, partilhe com os outros e deste modo adquira conhecimentos e aprendizagens. O trabalho de projeto surge quando a curiosidade das crianças as leva a querer responder a questões que não conseguem obter resposta.

Este trabalho de projeto cria nas crianças a capacidade de imaginar, de prever, de explicar e de pesquisar/investigar. Assim, faz com que as crianças ganhem gosto em aprender, aprendendo por elas próprias em parceria com os seus pares e com os adultos.

Segundo Oliveira-Formosinho (2011) “A voz da criança é uma voz legítima, com credibilidade científica e pedagógica (…) Partir do interesse da criança, da sua voz, fundamenta-se (…) a sua capacidade como construtora de conhecimento, capaz de coparticipar na aprendizagem.”

Até breve!

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