Brincar…
É uma parte fundamental da infância. Os especialistas defendem que as atividades lúdicas desempenham um papel importantíssimo na aprendizagem, e no próprio desenvolvimento da criança.
Assim, as brincadeiras são imprescindíveis. E não é preciso muito para criar momentos divertidos dentro de casa, basta ter algum espaço e alguma imaginação. Contudo, em janeiro foi-nos imposto um novo confinamento. Confinamento este que já não é novidade, não estamos a entrar nesta fase como anteriormente entrámos, em que tudo era desconhecido. Neste regresso a casa são esperadas situações de impaciência, frustração e situações de conflito, porque os mais pequenos começam a perceber que irá ocorrer de novo uma situação idêntica à vivida anteriormente.
É difícil sim, a conciliação de tarefas domésticas, ser pai/mãe, trabalhar em simultâneo. Chega a haver uma simbiose entre tarefas… nada fácil, no que diz respeito aos níveis de concentração exigidos por um teletrabalho e a uma simultânea mudança na rotina de pais e filhos.
Especialistas consideram ser necessário estabelecer rotinas, promover horários de sono, uma boa alimentação, atividades físicas e até estimular a socialização. Atividade esta nada fácil, onde tantas tarefas se sobrepõem.
É realmente um obstáculo à gestão do tempo dos pais que têm de apelar ao seu sentido de resiliência para este novo quotidiano.
Mas, numa época “nova” como esta, por quem nunca ninguém passou, com uma exigência tremenda ao nível psicológico, como ensinar a uma criança a brincar sozinha?
Brincar sozinho ajuda ao crescimento da criança. Um dos grandes desafios dos pais é saber como ensiná-lo aos seus filhos, de forma lúdica e simultaneamente pedagógica.
A brincadeira orientada e compartilhada com os familiares é extremamente saudável, mas conseguir com que a criança brinque sozinha, sem o apoio do adulto, nem que seja por breves instantes, também é uma competência importante a ser desenvolvida.
Neste momento de isolamento social em que familiares e crianças estão a compartilhar o mesmo ambiente por um período mais prolongado, é importante incentivar a brincadeira autónoma ou com os irmãos, quando possível.
Esse é um momento propício, pois a família também pode supervisionar a brincadeira dos filhos e perceber se a criança está a brincar e observar se esta consegue tirar benefícios dessa mesma brincadeira.
Porém, é fundamental não interferir ou dizer como as brincadeiras devem ser realizadas, uma vez que, fazendo isso, a criança pode desenvolver uma relação de dependência com as orientações que o adulto lhe sugere.
Ficam aqui algumas propostas de como incentivar a criança a brincar sozinha:
É possível que o seu filho consiga brincar sozinho por poucos minutos nas primeiras vezes, mas, pouco a pouco, ele pode ir aumentando esse tempo. Isso também vai ajudar no exercício da concentração nas suas atividades, que será fundamental noutros momentos do seu desenvolvimento.
Brincar sozinho: Fortalece a auto-cofiança, promove a aprendizagem e a imaginação, potencia a independência e ajuda a acalmar.
Brincar sozinho faz parte do desenvolvimento emocional da criança e é um dos marcos que demonstram a evolução da sua maturidade. Contudo, e não menos importante, é sempre importante reforçar que é preciso existir um equilíbrio entre o “brincar sozinho” e o “brincar acompanhado”.
É de extrema importância passar a mensagem às crianças de que a pandemia não vai existir para sempre e que o confinamento irá terminar.
SAÚDE para todos! Afinal é o que mais se deseja neste momento. Beijinhos.
Em janeiro comemorámos o aniversário do nosso Diretor Rafael e o quinto aniversário do Gonçalo Lopes Pires. Muitos Parabéns!