A utilização da arte na promoção de aprendizagens significativas é muito importante.
A arte, neste caso, a da calçada portuguesa incidiu na articulação de algumas áreas, tais como a de estudo do meio (rochas, suas características e utilidade), a de português /história (origem da execução da primeira calçada em Lisboa, no ano de 1842, profissão relacionada com esta atividade), a de matemática (geometria, simetria, cálculo de perímetros e áreas) e até a de expressão plástica (melhoria da aprendizagem do desenho).
O revestimento de passeios, praças, pracetas e até a utilização destas pedras calcárias e outras, claras e escuras, em obras de arte, colocadas de forma a criar desenhos, padrões, e muitas vezes de forma desordenada, são hoje uma das imagens de marca do nosso país. Também podemos ver um pouco desta arte por todo o mundo: Brasil, Macau, Angola, Moçambique, Índia ou até, Espanha e Estados Unidos da América.
A profissão de calceteiro, hoje em risco de desaparecer, revela que era muito apreciada chegando mesmo a existir uma escola em Lisboa. Os calceteiros, verdadeiros mestres de uma arte que é uma das referências da nossa portugalidade, de picareta na mão, colocam pedra sobre pedra até formarem os desenhos que hoje muito admiramos.
A turma do terceiro ano a partir da pesquisa da calçada portuguesa realizou diferentes tarefas/atividades que permitiram demonstrar a relevância que a arte tem como via de transmissão de conhecimento. É possível verificar que quando aliada a outras componentes que necessitam de uma dinamização importante como todas as áreas do programa do 1.º ciclo, fortalecem técnicas e capacidades que a criança/aluno poderá presenciar e/ou utilizar no seu quotidiano.
O recurso à arte é uma mais valia para a aquisição de conhecimentos e competências em todas as áreas.